Para que serve o ecocardiograma fetal 

As primeiras oito semanas de gestação são fundamentais para a formação fetal. É nesse período que pode acontecer uma alteração no desenvolvimento da estrutura do coração levando a uma cardiopatia congênita, anormalidade na estrutura ou na função do coração.

Em muitos casos, o problema só é descoberto após o nascimento ou anos mais tarde. Estima-se que nasçam 23 mil crianças com problemas cardíacos no Brasil, ou seja, de cada 100 bebês um tem cardiopatia. A incidência da cardiopatia congênita é oito vezes maior que a síndrome de Down. Entre os principais sintomas do problema, depois do nascimento, estão a falta de ar, o sopro e a cianose (pele azulada).

Mas, graças ao avanço da medicina diagnóstica, muitos casos podem ser detectados precocemente, ainda no útero materno, por meio de um simples exame de ultrassom, conhecido como ecocardiograma fetal. Quando o diagnóstico é precoce, o tratamento pode resolver o problema e aumentar para 90% a chance de uma vida normal.

Embora no Brasil não seja rotina pedir um ecocardiograma fetal, ele pode salvar vidas. Atualmente, o exame é solicitado para gestantes com mais de 35 anos de idade e é realizado entre a 22ª e a 28ª semanas de gestação.

Por meio do ultrassom, o médico avalia o coração do feto, analisando as estruturas e o funcionamento do órgão. A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que esse exame seja realizado como rotina no pré-natal em todas as gestações. Não há preparação para o exame, ele é indolor e muito parecido com um ultrassom de rotina do bebê.

O pré-natal é fundamental para uma gestação tranquila, assim como os exames que podem ajudar a identificar de forma precoce qualquer problema com o bebê. Fale com seu obstetra e peça para ele incluir um ecocardiograma de rotina nos exames preventivos. Afina, prevenir é sempre melhor.