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Dra. Suzana Aquino Cavallieri / Radiologista – CRM 31991-7/RJ
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Obesidade aumenta risco de câncer de tireoide

Obesidade aumenta risco de câncer de tireoide

 

O Ministério da Saúde divulgou, recentemente, os últimos dados do Vigitel (Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico). Segundo o último levantamento, realizado em 2014 e publicado este ano, 52,5% da população brasileira está acima do peso e 17,9% já atingiu a obesidade. O peso extra aumenta o risco de desenvolver uma série de doenças, como diabetes, colesterol alto, hipertensão e câncer.

Pessoas com excesso de peso são candidatas a apresentar problemas na tireoide. Estima-se que 1 em cada 3 obesos apresenta inflamação ou nódulos na glândula. A explicação é que a obesidade pode desencadear a resistência à insulina, que estimula uma maior produção do TSH, hormônio estimulador da tireoide, que promove o crescimento das células. Isso cria um ambiente perfeito para inflamações e desenvolvimento de nódulos na região. Vale lembrar que quanto maior o índice de massa corporal (IMC) maior é o aumento dos níveis do TSH no sangue.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2014 surgiram 9.200 casos da doença, sendo 1150 em homens e 8050 em mulheres. Esses dados confirmam que as mulheres são mais atingidas pela doença que os homens. A doença também é mais recorrente em jovens.

O câncer de tireoide pode ser de quatro tipos diferentes: papilar, folicular e anáplasico, sendo o último de desenvolvimento mais agressivo, mas também mais raro que os demais. Os tipos folicular e papilar são os mais brandos e comuns, referindo-se a cerca de 90% dos casos.

Muitas pessoas têm nódulos na tireoide e nem desconfiam até descobrir em uma consulta de rotina. No entanto, nem todos os nódulos representam um caso de câncer. Na grande maioria, são benignos. Estima-se que apenas cerca de 5% são de origem cancerígena.

O exame mais utilizado para avaliar a saúde da tireoide é a ultrassonografia. Nos casos de suspeita de um nódulo, um ultrassom da região pode confirmar, como também oferecer informações adicionais importantes para definir se é ou não um tumor maligno.

Atualmente, o ultrassom é capaz de rastrear nódulos pequenos, revelando ainda outros elementos importantes como quantidade de nódulos, se ele é sólido, entre outras características. Por meio do ultrassom com doppler, o médico ainda poderá saber se há algum tipo de vascularização ou de calcificação. Diante de qualquer dúvida a respeito da classificação do nódulo, o médico pode solicitar uma biópsia para confirmar se a formação é de origem maligna ou benigna.

Em geral, nos casos de câncer de tireoide, depois do tratamento, o prognóstico é bem positivo. Estima-se que aproximadamente 90% dos casos são curados e apenas 3% acabam passando pelo processo de reincidência.

Se você está acima do peso, procure seu médico para fazer um check up da sua tireoide. Como em qualquer outro câncer, a descoberta precoce do tumor aumenta as chances de cura.