No mês de setembro é celebrado o Dia Mundial do Coração. Mas, será que temos motivos para comemorar? No Brasil e no mundo as doenças cardiovasculares (DCVs) são a causa número um de mortes. São mais de 17,3 milhões de vidas perdidas. Entre as principais DCVs estão o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral (ACV), conhecido popularmente como derrame.
Estima-se que 65% das vítimas de infarto estão na faixa dos 30 aos 69 anos de idade. De acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, é cada vez maior o número de mulheres jovens que morrem vítimas de doenças cardiovasculares
Mais de dois terços dos casos de doenças cardiovasculares estão relacionados com os maus hábitos de vida. Sedentarismo, tabagismo, má alimentação, estresse, obesidade, pressão alta, diabetes e colesterol alto são os principais fatores de risco para desenvolver um problema cardiovascular.
Portanto, é fundamental modificar os hábitos ruins para beneficiar a saúde do coração. Além disso, é preciso procurar um médico cardiologista, que deve solicitar uma série de exames para avaliar a saúde cardiovascular, como eletrocardiograma, ecocardiograma (ultrassom do coração), teste ergométrico, além de exames de sangue para verificar as taxas de colesterol, triglicerídeos, glicemia, creatinina, etc.
O check up cardiológico é especialmente importante para homens acima dos 40 anos e mulheres na fase do climatério, pois é nesse período da vida da mulher que aumentam os índices de infarto. Entretanto, a avaliação deve acontecer antes nos seguintes casos:
- Histórico familiar de infarto ou morte súbita
- Pais ou irmãos com colesterol alto
- Sintomas como falta de ar, dor no peito ou palpitações
- Pressão alta
- Diabetes
- Fumante
- Pessoas que estão planejando fazer uma atividade física
- Pessoas com sobrepeso ou obesidade
A partir dos resultados e do estado de saúde do paciente, o médico irá sugerir o período ideal para repetir os exames. Em geral, pessoas que apresentam fatores de risco precisam ser acompanhadas com mais regularidade.
Veja agora como você pode cuidar melhor do seu amigo do peito:
- Adote uma alimentação saudável: Pequenas mudanças na dieta podem fazer toda a diferença para a saúde do coração. Fique longe das gorduras, do açúcar e do sal. Elevam o colesterol ruim, a pressão arterial, o triglicérides e ainda podem causar o diabetes tipo 2 e a obesidade. Abuse da água, das frutas, das verduras, dos legumes, dos peixes e esqueça a bebida alcoólica.
- Pratique atividade física: A prática regular de atividade física não só é benéfica para o coração, como para todo o organismo. Antes de começar, procure um médico e faça um check up. Escolha uma atividade que dê prazer, como dançar, correr, caminhar, nadar, andar de bicicleta, etc.
- Alívio do estresse: Pesquisas indicam que o estresse emocional pode precipitar uma doença no coração, inclusive nas pessoas sem nenhum fator de risco. Encontre maneiras de extravasar as emoções, seja por meio de terapias, esportes, grupos de ajuda, hobbies.
- Pare de fumar: Fumantes correm um risco três vezes maior de sofrer um infarto do miocárdio em relação a pessoas que nunca fumaram. Mesmo o fumo passivo prejudica o coração.
- Mantenha o peso: A obesidade aumenta as chances de problemas cardíacos, independente de outros fatores de risco. A perda de peso reduz drasticamente a chance de ter um infarto.
