Conheça o linfoma não-Hodgkin, o câncer que atingiu Edson Celulari
“Reuni minhas forças, meus santos, um punhado de coragem. Coloquei tudo numa sacola e estou indo cuidar de um linfoma não-Hodgkin”. Foram com essas palavras, acompanhadas por uma foto já sem cabelos, que o ator Edson Celulari tornou público em seu Instagram a doença que o atingiu recentemente: o linfoma não-Hodgkin, a mesma que o ator Reynaldo Gianecchini enfrentou em 2011.
O linfoma é um tipo de câncer que atinge o sistema linfático, estrutura que tem como uma de suas principais funções a produção de células de defesa. A doença se divide em dois tipos: Hodgkin e não-Hodgkin. O primeiro tipo é mais raro, atinge jovens entre 15 e 30 anos, e tem maior chance de cura. O segundo é mais comum, correspondendo a cerca de 80% de todos os casos da doença, e atinge geralmente pessoas mais velhas.
Sintomas, diagnósticos e tratamentos
Segundo especialistas, na maioria dos casos, a doença só é descoberta durante um exame médico de rotina. Dificilmente, o linfoma é acompanhado de sintomas. No entanto, quando há manifestações clínicas, os sinais mais comuns são: febre, calafrios, suor exagerado, fadiga, perda de apetite ou perda de peso.
Para diagnosticar a doença com exatidão e qual o tipo de linfoma é necessário realizar vários exames, como a biópsia (retirada de pequena porção de tecido para análise), exames de imagens (radiografias, tomografias e ressonância nuclear magnética). Somente eles podem apresentar as características da doença para dar início ao tratamento mais adequado e eficaz.
O tratamento mais indicado para o linfoma não-Hodgkin é a quimioterapia, ou até a radioterapia. Em casos muito específicos, o tratamento complementar é feito com um autotransplante de medula óssea. O procedimento foi adotado no caso de Reynaldo Gianecchini.
Prevenção
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o Inca, 10.240 brasileiros deverão ser diagnosticados com linfoma não-Hodgkin em 2016 e outros 2.470 com o linfoma de Hodgkin. Dos 12.710 casos das doenças previstos para este ano, 6.660 deverão acontecer em homens e 6.040, em mulheres.
Assim como em outros tipos de câncer, uma alimentação balanceada, com muitos nutrientes obtidos das verduras e frutas, além de hábitos saudáveis (prática de esportes, evitar álcool e cigarro), reforçam as defesas do sistema imunológico e podem proteger contra o desenvolvimento de linfomas não-Hodgkin.
E, não se esqueça de sempre procurar um médico para fazer os exames de rotina e manter a saúde em dia.
