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Dra. Suzana Aquino Cavallieri / Radiologista – CRM 31991-7/RJ
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Calor aumenta casos de doenças infecciosas e cardiovasculares

O aumento nos casos de doenças infecciosas, pulmonares, cardiovasculares e até no número de óbitos, podem estar associados à elevação da temperatura global. O alerta foi feito recentemente pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas. De acordo com o órgão, caso não seja feito nada para impedir as emissões de poluentes, a Terra pode ser tornar um local inóspito ao homem.

Atualmente, as pessoas já vêm sofrendo com as mudanças climáticas, direta e indiretamente. Segundo os cientistas, as ondas de calor podem afetar a condição fisiológica de homens e mulheres, fazendo com que os seus organismos não consigam mais manter a temperatura corpórea considerada ideal, que é de até 37ºC. Idosos tendem a sofrer mais com as altas temperaturas, já que têm a saúde fragilizada.

Para se ter ideia, no final da última década, em 2009, a Austrália sofreu sua pior onda de calor da história, com temperaturas até 15ºC acima da média e os termômetros chegando a mais de 40ºC em algumas cidades. Nesse período, houve 46% mais chamadas de emergência para desmaios e desidratação, quase três vezes mais ocorrências de paradas cardíacas e 374 óbitos a mais na população acima de 75 anos, comparado com o ano anterior.

As mudanças climáticas podem influenciar também no surgimento de epidemias. Com as altas temperaturas, desastres naturais e chuvas em excesso se tornam algo comum, contribuindo com o aumento no risco de enfermidades infecciosas e alérgicas. Doenças disseminadas por roedores (leptospirose) e insetos, como o aedes aegypit (dengue, zika e chicungunha), podem se intensificar.

Os riscos estão cada vez mais sérios e evidentes. Aumento da temperatura, perda de biodiversidade, acidificação dos oceanos, embranquecimento de corais, derretimento de geleiras, elevação do nível do mar, novos desastres naturais… O diagnóstico é simples e bem conhecido: o planeta está doente, mas a população esquece que ele não adoece sozinho. Se nada mudar, a Terra será um desafio para a saúde humana no futuro.