Maternidade e câncer de mama: uma realidade possível
Embora receber o diagnóstico de um câncer de mama seja uma notícia devastadora, os tratamentos avançaram muito e, quando detectado precocemente, a chance de cura é grande. Além disso, graças às técnicas modernas de tratamento, a gravidez depois do câncer de mama é possível, além de proteger a mulher de uma possível recidiva da doença.
Essa foi a conclusão de um estudo divulgado pelo Centro de Ginecologia e Obstetrícia do The Royal College, durante uma conferência na Espanha. O estudo comprovou que engravidar após o tratamento de um tumor nas mamas pode diminuir as chances de metástase.
Com isso, a gestação, após um caso da doença, não estaria mais associada ao risco extra de câncer. Antes, os especialistas alegavam que como a gravidez provoca uma série de mudanças hormonais, a gestação poderia aumentar o risco do câncer voltar.
Estima-se que cerca de 5 a 15% das pacientes que são diagnosticadas com câncer de mama estão em idade reprodutiva, fator que aumenta, ainda mais, as preocupações a respeito da possibilidade de engravidar após um tratamento.
Apesar da boa notícia, a recomendação é aguardar pelo menos dois anos depois do diagnóstico para engravidar, pois esse é o tempo considerado mais sensível para a reincidência do tumor.
Apesar da boa notícia, é preciso lembrar que os tratamentos para o câncer de mama são agressivos e podem destruir os óvulos. Por isso, se a mulher deseja ser mãe, a recomendação é congelar os óvulos para uma futura fertilização in vitro.
Existem situações que após a quimioterapia, a menstruação retorna meses ou até anos depois do tratamento do câncer de mama. No entanto, deve-se atentar ao fato de que todos esses efeitos são variáveis de acordo com o organismo de cada paciente. Algumas mulheres, mesmo após o tratamento do câncer de mama, conseguem engravidar naturalmente.
A notícia é boa e reforça a importância da mulher realizar os exames preventivos anuais. E você, já fez sua mamografia ou seu ultrassom de mamas esse ano?