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Dra. Suzana Aquino Cavallieri / Radiologista – CRM 31991-7/RJ
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Infecção urinária também pode afetar crianças e adolescentes

Saiba como identificar esse tipo de problema na ala mais jovem da população
Você já deve ter tido alguma vez na vida ou conhece alguém que já sofreu com uma infecção urinária. Trata-se do problema bacteriano mais comum em todo o Brasil. Por isso, crianças e adolescentes não estão livres de contraírem esse tipo de doença, o que nos leva a redobrar a atenção quando o assunto é a saúde dos mais jovens.

A infecção urinária acontece quando micro-organismos – em geral, bactérias – penetram e se multiplicam na região da uretra, bexiga e rins. Normalmente, as bactérias que atingem essas regiões vêm do intestino por meio das fezes. A mais comum delas é a Escherichia coli, que está por trás de 85% a 90% dos episódios. 
Mesmo sendo bastante comum em mulheres, por conta anatomia feminina, a infecção urinária não deixa de afetar crianças e adolescentes. Os pequenos – que ainda não controlam as idas ao banheiro -, ficam mais vulneráveis à ocorrência de uma infecção urinária. Deve-se ficar atento se a infecção é algo recorrente, pois isso pode ser sinal de algum tipo de problema ou mal formação no sistema urinário.
Crianças entre três e quatro anos são as mais afetadas por esse tipo de infecção porque nessa fase já deixaram de usar fralda e têm a tendência de segurar o xixi, o que facilita o acúmulo e a proliferação de bactérias no trato urinário.

Como evitar a infecção urinária
Bebês que usam fraldas precisam de ainda mais atenção e cuidados redobrados com a higiene porque sabemos que as bactérias das fezes podem contaminar outras áreas. Por isso, é fundamental limpar o bumbum das crianças no sentido da região genital para o ânus, conferindo sempre se não restou nenhum resíduo de cocô.

Nas meninas, por conta de a uretra ser mais curta do que a dos meninos, deve-se ensiná-las desde cedo a fazer a higienização de frente para trás para evitar contaminações. Também é essencial estimular crianças e adolescentes a beber muita água, o que vai facilitar as idas ao banheiro e a saída de eventuais bactérias que estejam prontas para se proliferarem no trato urinário.

Uma dieta saudável (com quantidades diárias de fibras) e balanceada também vai ajudar crianças e adolescentes a não terem a doença. Isso porque alguns especialistas já associam a prisão de ventre com a ocorrência de infecção urinária. Os riscos aumentam porque as fezes não são eliminadas como deveriam, o que facilita o acúmulo de germes.

Também é importante que – no caso de crianças – os pais fiquem atento à cor da urina. Os pequenos precisam ir ao banheiro de três em três horas e evacuar um vez por dia. Dor e ardência no momento de urinar também está entre os principais sintomas relatados.

Em adolescentes, algumas pesquisas apontam que há uma ligação entre a ocorrência da infecção urinária e as mudanças hormonais, características dessa fase da vida. Mas, nada ainda está bem explicado. Outro ponto importante para o aparecimento desse tipo de problema é que muitos jovens estão na fase de iniciação sexual.

Adolescentes devem ser orientados a manter sempre o hábito de higienização total logo após o ato sexual e também depois das idas ao banheiro. Isso porque a entrada do pênis na vagina, mesmo com o uso do preservativo, facilita o trânsito de bactérias que vivem na uretra e na região anal.

Detalhe importante: o uso de camisinha com espermicida não é recomendado pela Associação Europeia de Urologia, pois esse tipo de produto pode causar desequilíbrio na flora bacteriana e causar infecções.

Exames de imagens que identificam a infecção urinária

A infecção urinária é detectada por meio de exames de imagens como ultrassonografia, ecografia, iconografia e tomografia que vão poder identificar eventuais anormalidades no trato urinário do paciente. Com esse mesmo objetivo, o médico também poderá solicitar um exame de radiografia com uso de contraste, que vai destacar as áreas do sistema urinário apresentam infecção e se há alguma complicação.

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