Para discutir com mais clareza e conscientizar a população dos riscos, foi criada o Dia Nacional de Conscientização e Divulgação da Fibrose Cística, celebrado no dia 5 de setembro. A doença que pode atingir uma em cada 10 mil pessoas no Brasil é hereditária, provoca o acúmulo de um líquido denso e pegajoso nas passagens respiratórias dos pulmões e também no pâncreas. Também conhecida como mucoviscidose, a doença é genética e é mais comum em pessoas caucasianas, principalmente descendentes de europeus.
Segundo especialistas, os principais sintomas da Fibrose Cística são dificuldade em respirar, tosse com secreção, suor excessivo e salgado. Um diagnóstico precoce pode melhorar a qualidade de vida do paciente e o acompanhamento médico é fundamental. A maneira mais simples e eficaz de descobrir a doença é através da triagem neonatal, o popular teste do pezinho, feito até sete dias após o nascimento da criança.
No entanto, a mucoviscidose pode se apresentar em outras fases da vida. Para diagnosticar nestes casos, existem exames específicos, como teste do suor e teste genético, além do raio X, ou tomografia do tórax, teste de gordura nas fezes, teste de funcionamento dos pulmões e medição da função pancreática.
O tratamento para a Fibrose Cística não é tão simples como o seu diagnóstico, pois envolve médicos de diversas áreas. Em crianças, o foco é na nutrição adequada. O tratamento inclui antibióticos para prevenir e tratar as infecções nos pulmões, medicamentos inalados para abrir as vias respiratórias, dieta especial rica em proteínas e o consumo de suplementos vitamínicos, especialmente vitaminas A, D, E e K. Evitar a inalação de fumaça, poeira e sujeita também é importante, além de beber muito líquidos e fazer atividades físicas.
A mucoviscidose não tem como prevenir e trata-se de uma doença sem cura. No entanto, se for realizado um tratamento adequado, acompanhado por especialistas, isso ajuda a retardar o seu desenvolvimento. Atualmente, os pacientes possuem expectativa de vida mais longa do que há alguns anos. Faça a triagem neonatal e caso os sintomas apareçam, procure um médico o mais rápido possível.