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Dra. Suzana Aquino Cavallieri / Radiologista – CRM 31991-7/RJ
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Vacina mostra resultados promissores para pacientes com câncer de mama em estágio inicial

Nosso sistema imunológico tem a função de prevenir o corpo contra muitas doenças, inclusive o câncer. Seu papel é o de detectar células que sofreram mutações em seu DNA e eliminá-las do organismo. Mas quando, por algum motivo, ocorre uma falha em seu funcionamento e ele não consegue reconhecer e eliminar uma célula doente, o caminho fica livre para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer.

O que muitas terapias mais modernas vem buscando é reestimular nosso sistema imunológico para que ele possa reconhecer as células cancerosas e combatê-las. Pesquisadores do Moffitt Cancer Center, nos Estados Unidos, desenvolveram uma vacina que consegue fazer isso. A droga é capaz de atacar a proteína HER2 presente nas células do câncer de mama, levando à regressão da doença quando ela está ainda em estágio inicial. A proteína HER2 está presente em cerca de 20% a 25% dos tumores e é associada ao câncer do tipo mais agressivo, de difícil tratamento e mau prognóstico.

A vacina foi criada a partir de células imunes chamadas dendríticas, que têm a função de capturar microorganismos prejudiciais ao organismo. Elas foram colhidas de cada paciente individualmente para que fosse criada uma vacina personalizada. Segundo a revista científica Clinical Cancer Research, que publicou o estudo, em 13 das 54 mulheres que realizaram o teste com a droga, a doença regrediu quando estava em seu estágio inicial. Quando essas pacientes tiveram amostras de tecidos retiradas para análise, não foi mais identificado nenhum vestígio de câncer.

As vacinas foram bem toleradas e capazes de estimular uma resposta imune na maioria das pacientes, principalmente entre as que tinham carcinoma ductal, um dos tipos mais comuns da doença. Além disso, por ser de baixa toxicidade, as vacinas apresentaram poucos efeitos colaterais – os mais comuns foram fadiga, reações no local da injeção e calafrios.

A droga foi injetada nas pacientes uma vez por semana durante seis semanas em um gânglio linfático, no tumor ou nos dois lugares, e as respostas imunes entre as pacientes foram semelhantes, independentemente do local da aplicação.