Com objetivo de garantir a simetria das mamas, mulheres que passaram pela doença, com mutilações decorrentes do tratamento, ganharam o direito de fazer a reconstrução gratuita dos dois seios – mesmo que o câncer se manifeste em apenas um deles. A cirurgia plástica reparadora da mama é feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O texto aprovado pelo Senado é o substitutivo da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que incluiu em seu relatório o termo simetrização das mamas em vez de reconstrução. No documento, a senadora explica que o seio reconstruído nunca será igual ao outro. Por isso, os procedimentos de aumento, elevação ou redução devem ser recomendados para a outra mama.

Outra novidade da emenda da senadora é que ela também corrige uma omissão observada no projeto da Câmara, que tratou apenas da oferta de cirurgia gratuita nas unidades do SUS, ao estender o direito à plástica corretiva às mulheres que contam com cobertura dos planos e seguros privados de saúde.

No documento também está indicado que – quando existirem condições técnicas para a reconstrução da mama – deverá ser feita na mesma cirurgia de retirada do tumor.
Caso contrário, o SUS terá que fornecer todo o acompanhamento clínico necessário para que a paciente possa realizar a cirurgia o mais breve possível.

Depois do câncer de pele não melanoma, o câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil e responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano.

Para o país, são esperados 57 mil casos novos de câncer de mama. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, esse tipo de câncer é o mais frequente nas mulheres das regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste. É o segundo mais incidente, na região Norte.