A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio do seu Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), desenvolveu uma metodologia, inédita no mundo, para o tratamento do câncer. Basicamente ela se baseia na identificação, através de análises genéticas, do perfil molecular do tumor e do tecido saudável de cada pessoa. Com base nisso, será possível escolher os medicamentos mais adequados para cada indivíduo, diminuindo os efeitos colaterais, aumentando as chances de cura e melhorando a sobrevida dos pacientes.

Os pesquisadores acreditam que dessa maneira será possível também ampliar o acesso da população ao tratamento, pois a escolha adequada do medicamento resultará em economia, já que os gastos indiretos com efeitos colaterais, novas internações e ciclos longos de tratamento deverão diminuir.

O método foi desenvolvido para ser aplicado a pacientes com qualquer tipo de câncer e testado em linhagens celulares tumorais e não tumorais. Os resultados mostraram maior eficácia no tratamento do câncer de mama.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que os casos de câncer no mundo poderão chegar a 27 milhões até o ano de 2030. O câncer de mama, o mais comum em mulheres, representa cerca de 25% do total de casos da doença. No Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca) para os anos de 2016 e 2017, cerca de 58 mil novos casos da doença devem surgir nesse período.