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Dra. Suzana Aquino Cavallieri / Radiologista – CRM 31991-7/RJ
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Fratura do colo do fêmur: um risco grave para os mais idosos

A fratura do colo do fêmur é um dos problemas ortopédicos mais comuns na terceira idade e também um dos mais graves. No Brasil, atinge cerca de 100 mil pessoas por ano com uma taxa de mortalidade de aproximadamente 24% dos casos. É a causa mais frequente de óbito entre as lesões musculoesqueléticas.
Esse tipo de fratura, que atinge a ligação entre a cabeça e o corpo do fêmur, ocorre com maior incidência entre 70 e 80 anos – raramente em quem tem menos de 60 anos. A preocupação é que a tendência de envelhecimento da população mundial leve a uma explosão no número de casos, podendo superar a marca de 20 milhões em 2050 segundo levantamentos internacionais.
Normalmente, as fraturas do colo do fêmur são consequência de quedas de baixo impacto e possuem relação com a osteoporose. Isso leva a crer que, muitas vezes, a fratura provoca a queda e não o contrário. Um simples movimento de torção, em quadros de grande debilidade óssea, pode levar a uma ruptura.
Mas por que a fratura do colo do fêmur é tão grave?
O colo do fêmur responde pela transferência de energia entre a bacia (que compõe o quadril junto com o fêmur) e os membros inferiores. Além da dor intensa causada, a fratura nessa região impede que o indivíduo sustente o peso do próprio corpo.
O paciente, em alguns casos, pode ficar internado por períodos longos, o que contribui para a perda mais acelerada das capacidades do idoso. Por isso, apenas uma parte das pessoas lesionadas recupera a condição anterior à fratura, já que o alto nível de imobilidade física complica a recuperação de quem tem idade avançada.
Além da faixa etária e da osteoporose, fatores como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e uso de medicamentos também implicam em maior risco. Assim como na osteoporose, as mulheres são maioria entre as vítimas da fratura do colo do fêmur. Isso também pode ser explicado pela maior expectativa de vida da mulher.

Tratamento
Após o diagnóstico ser confirmado por exames de imagem, o ortopedista deve optar pelo tratamento cirúrgico, com exceção para os casos de fratura sem desvio (incompleta) ou quando não há condições clínicas por parte do paciente.
O procedimento consiste em recolocar as partes ósseas atingidas por meio de pinos ou parafusos. Algumas vezes, é preciso substituir a cabeça do fêmur por uma prótese de liga de titânio.
Recomenda-se que o paciente volte a andar o mais rápido possível após a cirurgia, mesmo que com a ajuda de muletas. Não sendo possível, deve-se estimulá-lo a movimentar pernas e pés. A preocupação é que a imobilidade prolongada aumente os riscos de trombose venosa da panturrilha, pneumonia e úlceras causadas por longos períodos de repouso na posição horizontal.