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Dra. Suzana Aquino Cavallieri / Radiologista – CRM 31991-7/RJ
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Dor no abdômen pode ser sinal de pancreatite

Nosso aparelho digestório é uma máquina que, na maioria das vezes, funciona em perfeita sintonia. Tudo o que ingerimos é processado e eliminado tão naturalmente que nem pensamos o que há por trás dela. Mas, quando as coisas não andam bem, aí nosso corpo manda recados.

Dor no abdome que pode durar dias, náuseas, vômitos, febre, perda de peso e fezes gordurosas podem ser uma indicação de pancreatite, que nada mais é que uma inflamação do pâncreas. Existem duas formas de pancreatite: a aguda e a crônica.

Mas, antes de falarmos sobre essas formas, vamos entender melhor o pâncreas. Ele é um dos órgãos anexos ao aparelho digestório, localizado do lado direito do abdome, atrás do estômago, próximo ao duodeno. Ele secreta enzimas digestivas para o intestino delgado através do ducto pancreático. Essas enzimas ajudam na digestão das gorduras, proteínas e carboidratos dos alimentos. O pâncreas também libera os hormônios insulina e glucagon, que ajudam o corpo a transformar a glicose oriunda da comida em energia.

Pancreatite aguda e crônica

A pancreatite aguda pode ocorrer subitamente e durar por um curto período de tempo e, geralmente, melhora sozinha. Já a pancreatite crônica não melhora por si só e pode levar à destruição gradativa do pâncreas. É importante ficar atento, porque qualquer uma das formas pode acarretar em complicações sérias, como hemorragia, lesão tecidual e infecção.

Um dos motivos que podem causar a pancreatite aguda são pedras na vesícula. A crônica, por sua vez, traz uma lista de possíveis causas: alcoolismo, ducto pancreático estreitado ou bloqueado, herança genética, ou causa desconhecida (também chamada de idiopática).

Diagnóstico e tratamento

Além de pesquisar a história clínica da pessoa e, claro, fazer o exame físico, o médico deve solicitar testes laboratoriais, ultrassom ou tomografia computadorizada, para detectar cálculos na vesícula e também para ter um panorama da gravidade da doença.

O tratamento da pancreatite aguda visa dar suporte às funções vitais do corpo e prevenir complicações. E não fica descartada a necessidade de uma cirurgia para a remoção dos cálculos da vesícula, quando esse for o caso.

Na pancreatite crônica, aliviar a dor é o primeiro objetivo. Segundo, adotar uma dieta rica em carboidratos e pobre em gorduras. O médico pode, inclusive, prescrever enzimas pancreáticas para serem ingeridas junto às refeições, assim como insulina para controlar o açúcar no sangue.