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Dra. Suzana Aquino Cavallieri / Radiologista – CRM 31991-7/RJ
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Diverticulite: principais causas e como evita-la

A diverticulite ou diverticulose é uma doença caracterizada pela inflamação dos divertículos, que são pequenas bolsas no intestino grosso (cólon). A tendência é que se manifeste com maior frequência após os 50 anos e em pessoas que sofrem de intestino preso (constipação).

Divertículo é um termo que vem do Latim e significa ‘bolsinha’. A diverticulite ocorre quando estas bolsinhas surgem no intestino grosso. O divertículo é formado por uma camada interna, chamada mucosa, e outra externa, chamada serosa. Ambas são muito finas e próximas aos vasos que nutrem o intestino.
O cólon é formado de uma camada externa resistente, feita de músculos, e uma camada interna fina (mucosa). Com o aumento da pressão na camada interna, irão se formar pequenos balões, onde passam os vasos sanguíneos que o nutrem. Assim se formam os divertículos no intestino grosso.
Porque surge a diverticulite
A principal causa da doença é uma dieta pobre em fibras. Uma alimentação rica em fibras aumenta o calibre das fezes. Por outro lado, poucas fibras causam fezes menos calibrosas, o que fará com que o cólon faça muita pressão para eliminar as fezes de baixo calibre. É nesta situação que os divertículos de formam.

Fatores que potencializam o aparecimento da diverticulite
– Idade
– Obesidade
– Fumo
– Sedentarismo: exercícios físicos diminuem a incidência da doença
– Dieta rica em gordura animal e pobre em fibras
– Uso de medicamentos, como esteroides, opióides e anti-inflamatórios, como ibuprofeno e naproxeno

Principais sintomas
– Dor abdominal, que pode ser constante e durar dias, em particular, na região inferior esquerda do abdômen.
– Náusea e vômito
– Febre
– Desconforto abdominal
– Mudança abrupta de hábito intestinal, com constipação (prisão de ventre) ou diarreia.
– Sangramento por via retal

Como é feito o diagnóstico?
O médico examinará o paciente e solicitará exames diagnósticos: exame de sangue, urina, teste de gravidez para mulheres em idade fértil e raio-X ou, mais frequentemente, tomografia de abdômen.

Em alguns casos, é realizada uma colonoscopia para confirmar o diagnóstico. Esse exame analisa a parte interna do intestino grosso. É realizado com um instrumento tubular (da grossura de um polegar) com uma luz e uma câmera na ponta.
Tratamento
Se a diverticulite é leve e não apresenta complicações, como perfuração ou abscessos, pode ser tratada ambulatoriamente com uma terapia a base de antibióticos, anti-inflamatórios, remédios contra a dor e dieta. Neste caso, o sucesso do tratamento varia entre 70 a 100%.
Em casos mais graves, ou se ocorre alguma complicação como sangramento, perfuração, abscesso ou fístula, é necessária a internação hospitalar, com jejum e antibióticos por via venosa.
A cirurgia é necessária quando a diverticulite é caracterizada por grandes abscessos e quando a terapia médica com antibióticos não funciona ou se tiver bloqueio (obstrução) do intestino.
Prevenção da doença
A dieta e o estilo de vida têm um papel essencial para evitar a doença. Algumas medidas bem-vindas são: emagrecer, parar de fumar, evitar o consumo de carne vermelha e gordura de origem animal, fazer atividade física, evitar o uso de medicamentos (especialmente anti-inflamatórios) sem necessidade, se hidratar corretamente.

Aumentar o consumo de fibras é crucial. Verduras cruas ou cozidas, alimentos integrais e frutas são os principais aliados para prevenir o aparecimento de divertículos.