Amanhã é o Dia Nacional do Combate ao Fumo, data importante para a conscientização dos males causados pelo tabagismo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cigarro mata cerca de 6 milhões de pessoas a cada ano, o que corresponde a mais da metade do total de fumantes no mundo (1 bilhão de pessoas).
No Brasil, segundo dados do Vigitel, o percentual de fumantes caiu 30% nos últimos nove anos, porém o hábito de fumar prevalece em aproximadamente 10,8% da população. Os cânceres de pulmão e laringe são os que mais matam no país. Além disso, o cigarro também está relacionado a problemas do coração e infertilidade masculina.
Quem não fuma, mas convive com fumantes, também corre o risco de desenvolver doenças. O tabagismo passivo aumenta em 30% o risco de câncer de pulmão e 24% o risco de infarto. Isso porque as partículas do tabaco na fumaça do ambiente são altamente tóxicas.
Você sabia?
O pulmão é um órgão do sistema respiratório responsável pela troca de gases. Ele ocupa a maior parte do tórax e se divide em dois lados – esquerdo e direito. Sua função principal é fornecer oxigênio a todo o organismo e eliminar o gás carbônico.
Quem fuma está em contato com mais de 4,7 substâncias tóxicas, entre elas o monóxido de carbono, que dificulta a oxigenação do sangue e o alcatrão, com mais de 40 compostos cancerígenos. Também não podemos esquecer da nicotina, considerada pela OMS uma droga psicoativa que causa dependência.
Raio-X de tórax
Ao penetrarem repetidamente nas células que recobrem o pulmão, as substâncias tóxicas podem danificar essas estruturas e causar alterações que favorecem o desenvolvimento de um câncer. Por isso, existem exames bastante eficientes, como o raio-X de tórax, que mostram as diferentes fases dessas alterações e ajudam na detecção precoce do câncer de pulmão.
Parou de fumar?
Veja os benefícios que você pode alcançar ao abandonar o cigarro, de acordo com um levantamento feito pela American Cancer Society:
- 20 minutos: a pressão sanguínea, a frequência cardíaca e a temperatura do corpo voltam ao normal
- 8 horas: o hálito de fumo desaparece, o nível do monóxido de carbono cai e o nível de oxigênio no sangue volta ao normal
- 24 horas: as chances de ter um ataque do coração diminuem
- 48 horas: as terminações nervosas começam a se reagrupar e as habilidades do paladar e olfato melhoram
- 3 dias: respirar normalmente se torna mais fácil
- 2 a 3 meses: a circulação sanguínea melhora, andar se torna mais fácil e a capacidade pulmonar aumenta até 30%
- 1 a 9 meses: a congestão nasal e a falta de ar diminuem. Aumenta a capacidade de limpeza dos pulmões, além de reduzir as chances de infecções. A energia aumenta
- 1 ano: o risco de ter uma doença coronária cai para a metade em comparação com uma pessoa que fuma
- 2 anos: o risco de ataque do coração cai para níveis normais
- 5 anos: a taxa de morte por câncer de pulmão de um ex-fumante, que costumava fumar em média um maço de cigarros por dia, diminui quase pela metade. O risco de ter um acidente vascular cerebral reduz; o risco de desenvolver câncer de boca, garganta e esôfago cai 50% em comparação com um fumante
- 10 anos: a taxa de morte por câncer do pulmão é semelhante à de uma pessoa que não fuma. As células pré-cancerosas são substituídas
- 15 anos: o risco de desenvolver uma doença cardíaca coronária é o mesmo que uma pessoa que nunca fumou