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Dra. Suzana Aquino Cavallieri / Radiologista – CRM 31991-7/RJ
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Conheça melhor a Tireoidite de Hashimoto

Conheça melhor a Tireoidite de Hashimoto

A tireoidite de Hashimoto é a maior causa de hipotireoidismo. Entretanto, é uma doença silenciosa, que fica anos sem apresentar sintomas, enquanto a glândula tireoide é lentamente destruída por anticorpos produzidos pelo próprio organismo.

Esses anticorpos provocam a destruição da glândula ou a redução da atividade, o que pode levar ao hipotireoidismo por carência na produção dos hormônios T3 e T4. A tireoidite de Hashimoto, que leva o nome do médico que a descobriu em 1912, Hakaru Hashimoto, é uma doença autoimune, cuja principal característica é a inflamação crônica da glândula. Embora seja autoimune, a doença tem um componente genético importante, já que é mais comum em algumas famílias. Além disso, acomete mais mulheres que homens.

Um dos principais desafios para o diagnóstico da tireoidite de Hashimoto é que não existem sinais e sintomas típicos. Como é uma doença de evolução lenta, eles aparecem quando o hipotireoidismo está instalado e a glândula já foi destruída. Com isso, nesse estágio a glândula deixa de produzir o T3 e o T4, hormônios fundamentais para o metabolismo humano, caracterizando o hipotireoidismo.

Os sintomas mais comuns são cansaço, depressão, falta de iniciativa, pele seca e fria, prisão de ventre, diminuição da frequência cardíaca, decréscimo da atividade cerebral, voz mais grossa, inchaço no pescoço, perda do apetite, sonolência, reflexos mais vagarosos, intolerância ao frio, ganho de peso, cãibras, alterações menstruais, alterações na potência e libido dos homens. Com a progressão da doença, os sintomas se agravam. A pessoa se sente cada vez mais cansada e com menos energia. Pode apresentar também aumento no tamanho da tireoide e, consequentemente, a formação do bócio (“papo”).

O diagnóstico inicial é clínico, ou seja, o médico conversa com o paciente com o objetivo de traçar um histórico do caso. Depois, os exames laboratoriais irão mostrar a situação hormonal do paciente. Taxas baixas de T3 e T4 ou taxas altas de TSH (hormônio estimulante da tireoide) revelam quadros de hipotireoidismo. As taxas altas de TSH são uma tentativa de hipófise de equilibrar a baixa produção de T3 e T4, sendo típica do período inicial de desenvolvimento do hipotireoidismo. Se detectado o hipotireoidismo, deve ser feito um exame extra para avaliar as taxas de anticorpos contra tiroglobulina e contra a tireoide peroxidase, as duas principais enzimas da tireoide. Se essas taxas se apresentarem elevadas, trata-se de um quadro de tireoidite de Hashimoto que levou a um hipotireoidismo.

A tireoidite de Hashimoto, infelizmente, ainda não tem tratamento, mas o hipotireoidismo sim. Consiste na ingestão diária dos hormônios tireoidianos na forma de comprimidos. É importante destacar que o paciente precisa tomar o medicamento por toda a vida, sempre com água e 30 minutos antes do café da manhã. Também é fundamental consultar o médico na periodicidade que ele indicar para fazer o acompanhamento da doença.