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Dra. Suzana Aquino Cavallieri / Radiologista – CRM 31991-7/RJ
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Como identificar o lúpus

Ultimamente a doença ganhou mais destaque nos noticiários depois que a cantora norte-americana Selena Gomez revelou sofrer com o lúpus e precisou fazer um transplante de rim (que foi doado por uma amiga) por conta do comprometimento do órgão com os efeitos da doença.

O lúpus é uma enfermidade inflamatória crônica do sistema imunológico. A causa exata da doença ainda é desconhecida, mas sabe-se que é provocada por múltiplos fatores, que podem ser genéticos, hormonais e ambientais.

No lúpus, um desequilíbrio na produção de anticorpos faz com que eles ataquem proteínas do próprio organismo, causando inflamação em diversos órgãos, como pele, mucosas, pulmões, articulações, rins, olhos, cérebro, coração e pulmões.

Se a doença for provocada por mutações genéticas vai se manifestar durante o desenvolvimento do feto com o surgimento de sintomas na infância.

No entanto, é possível nascer sem o lúpus e desenvolver os sintomas anos mais tarde durante a idade adulta, devido a fatores que podem provocar a doença, como exposição ao sol, infecções ou uso de medicamentos (antibióticos ou remédios para pressão alta).

Tipos da doença

– Lúpus eritematoso cutâneo: se manifesta apenas com manchas na pele, geralmente avermelhadas, principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas, colo e nos braços).
– Lúpus eritematoso sistêmico: é o mais comum e ataca vários órgãos e tecidos do organismo, como pele, articulações, membranas que revestem órgãos, pulmões, sangue, coração, rins, fígado, cérebro e sistema nervoso central.
– Lúpus induzido por remédio: aparece após o tratamento com certos medicamentos, como os utilizados para tuberculose ou hipertensão. Em geral, os sintomas desaparecem após o fim do tratamento.
– Lúpus neonatal: é passado da mãe para o bebê recém-nascido. Muitas vezes, o próprio organismo consegue se curar da doença.

O lúpus acomete com maior frequência as mulheres no período reprodutivo. Atinge nove mulheres para cada dez homens. Ocorre principalmente entre 20 e 45 anos, sendo um pouco mais frequente em pessoas mestiças e nos afrodescendentes.

No Brasil, estimativas indicam que existam cerca de 65.000 pessoas com lúpus, sendo a maioria mulheres. Acredita-se, assim, que uma a cada 1.700 mulheres no país tenha a doença. 

Principais sintomas

É comum que pacientes com lúpus apresentem cansaço, desânimo, febre e perda de peso nos períodos em que a doença está ativa. Além disso, são frequentes:
Dor, rigidez e inchaço nas articulações (principalmente nas juntas das mãos, punhos, joelhos e pés).
Manchas vermelhas na pele, em especial nas maçãs do rosto e no dorso do nariz – denominadas lesões em asa de borboleta – que pioram com a exposição ao sol.
Inchaço ou dificuldade para urinar devido à inflamação nos rins.
Dores no peito ou para respirar decorrentes de inflamações nas membranas que recobrem os pulmões e o coração.
Problemas neurológicos – a exemplo de convulsão e psicose -, em virtude de comprometimento do sistema nervoso central.

Tratamento

O lúpus é uma doença crônica. Por isso, não tem cura. Porém, pode ser perfeitamente controlado com medicamentos e adoção de alguns hábitos como evitar a exposição ao sol (que pode desencadear uma reação imunológica), prevenir-se de infecções e fazer exercícios físicos na fase em que a doença não estiver ativa.

O tratamento vai depender do tipo de manifestação apresentada e deve, portanto, ser individualizado. O portador de lúpus pode precisar de um, dois ou mais medicamentos em uma fase (ativa da doença) e, poucos ou nenhum medicamento em outras fases (não ativas ou em remissão).

Ao mesmo tempo, o tratamento sempre inclui remédios para regular as alterações imunológicas do lúpus e de medicamentos gerais para regular problemas que a pessoa apresente em consequência da inflamação causada pela doença, como hipertensão, inchaço nas pernas, febre e dor.