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Dra. Suzana Aquino Cavallieri / Radiologista – CRM 31991-7/RJ
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Câncer de mama e as emoções: tudo a ver!

Câncer de mama e as emoções: tudo a ver!

O câncer de mama é o tipo de tumor mais temido pelas mulheres por afetar a percepção da sexualidade e da própria imagem corporal. O medo e a incerteza, gerados pela doença, impactam diretamente na saúde física, mental e emocional da paciente. Por isso, o suporte de um profissional da área de psicologia é importante desde o início do processo, que pode ser dividido em quatro fases: pré-diagnóstico, diagnóstico, tratamento e pós-tratamento.

Na fase do diagnóstico, é comum surgirem sentimentos fortes, principalmente porque as mulheres percebem o câncer de mama como uma mutilação ou, ainda, como uma sentença de morte. Não importa a idade, a classe social ou o nível cultural, neste momento as emoções vivenciadas são muito parecidas para todas as mulheres, ou seja, raiva, tristeza, ansiedade, angústia, medo e luto.

Todos esses sentimentos são gerados não apenas pela confirmação do diagnóstico de um câncer, mas principalmente pelo fato da mama estar diretamente relacionada à feminilidade, ao prazer, à sensualidade, à sexualidade e, mais intensamente ainda, à maternidade.

Receber uma notícia como essa não é fácil e traz à tona a imponderável questão da finitude. Entretanto, cada paciente tem sua própria trajetória durante o tratamento de um câncer de mama. Durante todo o processo, ou seja, do diagnóstico à reabilitação, a paciente passará por sentimentos de perdas, que precisam ser elaborados, aceitos e compreendidos.

Por isso, o apoio de um profissional pode contribuir para reduzir o desgaste emocional, dar orientações e conselhos. Grupos de apoio também são importantes, pois possibilitam a troca de experiências entre pessoas que passam pelo mesmo problema.

Apesar de todo o impacto emocional, vale lembrar que quando o diagnóstico é precoce, as chances de cura são altas, chegando a 90% em alguns casos. As mulheres precisam se conscientizar sobre a prevenção e a adoção de hábitos saudáveis para prevenir o risco de desenvolver um câncer de mama.

Entretanto, não existem regras para lidar com as emoções quando a vida é abalada pelo diagnóstico de um câncer de mama. Se a mulher tem a oportunidade de contar com apoio psicológico e se entende que o aspecto emocional vai influenciar, para o bem ou para o mal, no processo de tratamento e cura da doença, a jornada irá tornar-se menos difícil.

Os psico-oncologistas são os profissionais especializados em atender pacientes com câncer. A terapia procura entender o paciente de forma global, seu processo de adoecimento, bem como fornecer suporte emocional aos familiares.

A relação entre mente e corpo está mais que comprovada pelos estudiosos. Hoje, existe até uma ciência chamada psiconeuroimunologia, que pesquisa as relações entre as emoções e a imunidade, ou seja, em como a interação da mente com os sistemas nervoso, imune e endócrino trabalham para manter o organismo equilibrado. Não há como negar a influência que os fatores emocionais, somados a vários outros, exercem sobre o câncer de mama e o percurso da doença. Por isso, na presença de um luto na família, uma decepção amorosa muito grande, uma desgraça ou abalo emocional, as mulheres devem procurar ajuda, pois, conforme já está comprovado, essas situações podem servir de gatilho para o desenvolvimento de um câncer de mama.