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Dra. Suzana Aquino Cavallieri / Radiologista – CRM 31991-7/RJ
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Calcificações na mama podem ser fator de risco para doenças coronarianas

A mamografia pode ser mais do que um exame para auxiliar no diagnóstico de câncer de mama. A técnica pode também revelar indícios de uma ameaça ainda pior para a saúde da mulher, a doença coronariana. As imagens da mamografia podem detectar calcificações nas artérias da mama principalmente em mulheres na menopausa.

Um estudo realizado na Pensilvânia (EUA) mostrou que, entre as mulheres sem doença coronariana, aquelas com calcificações arteriais da mama tinham uma maior probabilidade de desenvolver uma doença coronariana ao longo da vida. Segundo os pesquisadores, outros estudos também já comprovaram a associação entre doença coronariana e calcificação arterial da mama.

Os pesquisadores coletaram dados de estudos realizados em um período de dez anos sobre fatores de risco para doenças cardiovasculares e eventos cardiovasculares como angina, infarto do miocárdio, angiografia coronariana anormal, revascularização miocárdica e acidente vascular encefálico. Nos dez anos em que foram acompanhadas, as mulheres com calcificações se mostraram significativamente mais propensas a terem sofrido pelo menos um acidente vascular cerebral do que as mulheres que não tinham nenhuma alteração.

As calcificações são depósitos de cálcio que podem se formar em artérias doentes que ficam mais estreitas por causa do acúmulo de gordura. Na mamografia, elas aparecem como linhas brancas. Sua prevalência no exame varia de 3% a 29%. Como sua natureza geralmente é benigna, e não um sinal de câncer, elas são frequentemente ignoradas pelo médico radiologista responsável pelo exame, que geralmente pensa em câncer ao analisar a mamografia, e não em problemas como entupimento das artérias.

Se identificadas no exame de rotina, elas podem não ser mais consideradas benignas, mas sim um possível marcador para aumento do risco de doença cardíaca e derrame. Por isso, os pesquisadores dizem que a presença dessas calcificações deve sempre ser relatada nos achados da mamografia. Segundo especialistas, as artérias do coração e da mama têm tamanhos semelhantes, o que faz com que elas possam reagir de maneira parecida a fatores como colesterol alto.

Mas a mamografia não deve substituir as ferramentas de avaliação de risco cardiovascular convencionais, como medições de colesterol, da pressão arterial, tabagismo, atividade física e alimentação.